Recentemente novas pesquisas vêm estudando alterações da neuroimagem com técnicas de ressonância funcional e estrutural presentes nos paciente com TDAH. Na literatura comumente tem descrição de alterações da rede fronto-estriatal. O uso de volumetria tem demonstrado redução de volumes cerebrais na região de vermis cerebelar posterior, esplênio do corpo caloso, caudado direito e putamén quando comparado a controles. Já o estudo de espessura do córtex cerebral – morfologia baseada em superfície – demonstra que o pico de espessura cortical em crianças com TDAH foi aos 10.5 anos enquanto que nos controles foi aos 7,5 anos. O atraso foi mais proeminente é em regiões frontais (essenciais para atenção e planejamento) evidenciando um atraso no desenvolvimento neural.
Imagens do cérebro durante a realização de atividades (estudo funcional) demonstram circuitos em hipoatividade (cíngulo anterior/córtex pré –frontal dorso lateral/tálamo e córtex parietal) e outros em hiperativação (regiões frontais e parietais) como mecanismo compensatório. Em indivíduos com TDAH a rede cerebral padrão (Default Mode Network), responsável pelos momentos de devaneios, parece persistir ou emergir durante períodos em que o sujeito estaria realizando uma tarefa.
Neste contexto é que se questiona: Seriam os estimulantes usados no tratamento de TDAH uma forma de normalizar a rede cerebral padrão normalizando o desempenho cognitivo? Essa dúvida será esclarecida em estudos futuros. O que fica claro é que o TDAH é fruto de alterações das redes neuronais e sua maturação inadequada.